- Armazenagem
- | 28/05/2018
7 cuidados indispensáveis para a segurança no armazenamento de produtos químicos
A preocupação com a segurança, saúde e bem-estar dos colaboradores tem que ser uma das prioridades das empresas. O manuseio e armazenamento de produtos químicos demanda uma série de ações voltadas para a identificação e prevenção dos riscos inerentes a esse tipo de trabalho.
Eles estão ligados à intoxicação, alergias, queimaduras e até outros danos mais graves para a integridade física dos profissionais. Por isso, é preciso planejar e implementar alguns cuidados necessários para evitar problemas como esses. A seguir, fizemos uma lista com sete práticas fundamentais que precisam ser cumpridas. Confira!
1. Sinalização correta das áreas
Depois que o trabalho de mapeamento de riscos é realizado, é necessário identificar as áreas e adotar a sinalização adequada para cada uma delas, conforme a regulamentação da NR-26 — que determina as regras de sinalização de segurança. Elas devem estar afixadas em local visível, para que todos tenham conhecimento dos perigos aos quais estão sujeitos.
Os símbolos utilizados são de conhecimento internacional e devem seguir o padrão estabelecido. Eles precisam possuir as seguintes características:
- placa em formato de triângulo;
- desenho na cor preta sobre um fundo amarelo (cobrindo, pelo menos, 50% da superfície da placa).
A identificação também precisa ser feita para os equipamentos de segurança e a delimitação das áreas de maior risco e com restrição de pessoal. Sempre que for utilizada uma identificação por meio de cores, é importante que haja também palavras ou sinais convencionais.
Além disso, ainda há a sinalização tradicional que toda estrutura deve ter, como a indicação de saída de emergência.
2. Armazenamento de produtos químicos por grupos compatíveis
Esse é um dos principais cuidados no que diz respeito ao armazenamento de produtos químicos. Nesse caso, é de suma importância não adotar o padrão usual, que aloca os itens segundo ordem alfabética ou de numeração.
Eles precisam estar separados em grupos que são quimicamente compatíveis, além de haver barreiras físicas entre cada um deles. Os grupos incompatíveis devem ser armazenados o mais distante possível, uns dos outros.
Também se aconselha separar itens líquidos dos sólidos e utilizar outros compartimentos (como bandejas), que contribuem para evitar possíveis reações caso as embalagens sejam danificadas e haja derramamento de parte do produto.
3. Investimento nos equipamentos de segurança necessários
A distribuição dos equipamentos de segurança individual (EPIs) é uma exigência determinada pela NR-6. Todos os colaboradores que estejam suscetíveis a riscos que podem ameaçar a segurança e a saúde devem receber esses materiais — que precisam estar de acordo com a atividade realizada e os riscos inerentes a ela.
Eles têm de ser distribuídos pela empresa de forma gratuita e em perfeito estado de funcionamento e conservação. No caso do trabalho com o armazenamento de produtos químicos, podemos citar como exemplos de equipamentos:
- luvas;
- jalecos;
- respiradores;
- óculos de proteção;
- capuz para proteção do crânio;
- protetor facial;
- creme protetor para as mãos;
- manga para proteção do braço;
- calçado;
- calça;
- perneira;
- macacão;
- vestimenta para o corpo inteiro.
4. Instalação de alarmes
A empresa também deve investir na instalação de alarmes de incêndio por todo o ambiente. Essa é uma medida que contribui para a evacuação do prédio, caso haja algum acidente e seja necessário retirar as pessoas do local — sob o risco de algum dano para a integridade física, saúde e a vida dos colaboradores.
5. Descarte correto e identificação dos produtos
Por se tratar de agentes químicos, o descarte não pode ocorrer de forma deliberada como acontece com outros produtos (jogados no lixo comum). Por haver a possibilidade de causar danos para as pessoas e o meio ambiente, é necessário observar as recomendações de cada item, além da necessidade de identificá-los de acordo com a classe a qual pertencem e sua procedência (laboratorial ou industrial, por exemplo).
Vale lembrar que a responsabilidade sobre o descarte correto recai sobre quem o gerou, ou seja, é a empresa quem deve se atentar para essas questões e providenciar a eliminação dos produtos ou resíduos.
6. Condições da estrutura do armazém
A edificação escolhida para abrigar o armazém precisa ser constituída de materiais incombustíveis, ou seja, de alvenaria ou metal, como o armazém Autoportante por exemplo. O pé direito deve ser elevado, com, pelo menos, quatro metros de altura, facilitando a ventilação natural.
O teto também tem que ser projetado para atender às particularidades do local, em relação ao isolamento térmico, estática, uso de tubulações, luminárias, entre outros recursos. É necessário que ele esteja em boas condições, sem infiltrações e que seja feito de material incombustível.
Lembrando que a iluminação precisa ser colocada a, pelo menos, dois metros de altura, sendo um metro a distância mínima dos produtos.
O acesso e a saída do prédio precisam ser feitos por dois lados, no mínimo, facilitando o trabalho do Corpo de Bombeiros, caso seja necessário. É necessário ainda contar com uma via adequada para operações de carga e descarga dos veículos, que também será utilizada em caso de fuga caso haja acidentes.
A estrutura de sustentação deve ser dimensionada de forma que suporte as cargas. O piso tem que ser impermeável (não permitindo a infiltração dos agentes para o subsolo), polido adequadamente e precisa facilitar a limpeza. Além disso, as seguintes características precisam ser atendidas:
- ser antiderrapante;
- garantir resistência química e mecânica;
- não apresentar saliências que podem prejudicar a movimentação dos produtos.
7. Treinamento dos colaboradores
Por fim, um outro aspecto fundamental para garantir a movimentação e o armazenamento seguro dos produtos químicos. É de suma importância que a empresa invista em treinamento para que os colaboradores conheçam as formas corretas de manuseio dos produtos, além das condições ideais para a alocação dentro do estoque.
O ideal é que sejam feitas campanhas periódicas de conscientização a respeito do uso, descarte e operações que envolvem a movimentação dos itens. Assim, consegue-se minimizar os riscos de acidentes e suas consequências — para os colaboradores e para a organização.
Como se vê, o armazenamento de produtos químicos demanda uma série de particularidades que não são observadas em rotinas de estoque de itens considerados normais. É preciso conhecer essas características e estar atento ao cumprimento das exigências feitas por meio das leis e normas regulamentadoras das atividades.
O que achou deste artigo? Aproveite para saber mais sobre o armazenamento de produtos com risco biológico.