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pontos cegos no armazém

Como evitar pontos cegos no armazém?

Os pontos cegos no armazém são áreas de não visibilidade que surgem dependendo do volume e dimensões dos itens estocados ou das estruturas fixas que formam as estantes de armazenagem, prejudicando a visão completa de quantos objetos, de fato, estão em estoque e diminuindo a segurança na movimentação das empilhadeiras.

Não é difícil escutarmos histórias sobre problemas que empresas enfrentam com perdas, quebras e extravios de produtos. De fato, otimizar o armazenamento e evitar esses tipos de prejuízos é um desafio em logística. Por mais que uma instituição invista em um bom sistema de aprovisionamento, podem existir pontos cegos no armazém que propiciam esses inconvenientes.

O crescimento do consumo por múltiplos canais e a pressão por entregas mais rápidas mudou a realidade dos estoques e armazéns, que precisam operar com mais dinamismo e inteligência, sem falhas para não perder o ritmo ou sofrer danos.

Nesse sentido, vale a pena adotar boas práticas para identificar e corrigir aspectos que podem estar favorecendo erros. Você sabe apontar e lidar com pontos cegos em seu armazém? Continue lendo este artigo e descubra:

  • O que é um ponto cego?
  • Como identificá-lo no armazém?
  • Quais são seus riscos?
  • Como corrigir os pontos cegos no armazém?

O que é um ponto cego?

Um ponto cego é uma área de não visibilidade. Diversas vezes ouvimos falar sobre esse conceito de ponto cego em relação à direção: geralmente, as colunas laterais dos veículos obstruem total ou parcialmente o campo de visão do motorista, impedindo que ele veja pedestres, bicicletas, postes, etc.

No momento em que o indivíduo olha, nada aparece. No entanto, quando o objeto é finalmente percebido, pode ser tarde demais e o condutor não tem tempo suficiente para evitar uma colisão. Por isso, pontos cegos são frequentemente perigosos, além de causar muitos acidentes. No contexto industrial, ele pode ocorrer também quando alguém opera um equipamento.

Como identificá-lo no armazém?

Dependendo do volume e dimensões dos itens estocados, as barras presentes nas estruturas fixas que formam as estantes podem criar pontos cegos no armazém e prejudicar a visão completa de quantos objetos, de fato, estão em estoque.

Além disso, um item presente nesses espaços que pode limitar a visão é a empilhadeira. Um de seus principais componentes é a torre de elevação, na sua parte frontal, que, em geral, é responsável por alguns pontos cegos.

A forma da torre varia de acordo com o modelo e a capacidade de elevação da empilhadeira. As hastes que compõem esse instrumento dão suporte ao porta garfos, uma peça usada para movimentar a carga.

Toda essa estrutura pode bloquear parte da visão do profissional que opera esse equipamento, de modo que ele pode não ver, por exemplo, uma pessoa passando com uma pilha de caixas na sua frente.

Quais são seus riscos?

Os riscos que pontos cegos no armazém ocasionam são muitos. Primeiramente, as chances de acidentes com empilhadeiras são altas quando não existem normas de segurança. No mais, o mau aproveitamento dos espaços pode promover perdas, quedas de materiais, quebras, entre outros danos, além de favorecer roubos.

Como corrigir os pontos cegos no armazém?

Reparar pontos cegos no armazém é possível com o auxílio de boas práticas e processos que enriquecem a seguridade do ambiente, da carga e dos profissionais que transitam pelo espaço. Confira 5 ideias que você pode incorporar em sua empresa:

1. Estabeleça rotinas de segurança

Quando um acidente acontece, por exemplo, com uma empilhadeira, nem sempre é por conta de um erro do condutor. Em vez de pensar assim, é possível refletir sobre questões como:

  • Pedestres devem circular em uma área onde transitam muitas empilhadeiras?
  • Se um funcionário sofreu um acidente e se machucou, teria passado por isso se estivesse utilizando os equipamentos de proteção individual (EPI)?
  • Se a empilhadeira derrubou algum material, ela tem espaço suficiente para se movimentar ou, ainda, as caixas atingidas estão no lugar correto?

Considerar esses aspectos pode ajudar gestores de logística a criar regras para o armazém que ajudem a minimizar pontos cegos e acidentes. Além de assegurar que todos os funcionários usem os EPIs, algumas medidas que contribuem são:

  • restringir o acesso a certas partes do armazém;
  • delimitar lugares nos quais os pedestres podem circular;
  • separar uma zona específica e coberta para a carga e descarga de caminhões;
  • deixar equipamentos de emergência desobstruídos.

2. Mapeie as necessidades de cada espaço

Por vezes, alguns ambientes acumulam funções e ficam sobrecarregados com a presença de múltiplos equipamentos, materiais, entre outros elementos. A falta de espaço aliado a problemas com as condições de trabalho, como ausência de sinalização, iluminação, ventilação, entre outros cria um cenário ideal para acidentes e pontos cegos no armazém.

Estude o que cada setor necessita e organize o espaço de forma a atender suas demandas e aprimorar as condições do galpão. Observe — e ajuste — fatores como:

  • falta de placas e faixas de sinalização;
  • buracos no piso;
  • chão escorregadio;
  • fiação elétrica exposta;
  • limpeza e organização;
  • lâmpadas queimadas ou fracas;
  • entre outros.

3. Cuide da operação das empilhadeiras

O deslocamento de empilhadeiras é uma das principais fontes de acidentes e pontos cegos no armazém. Por isso, é importante certificar-se de que seus operadores sejam capacitados e tenham habilitação para lidar com essa máquina. Além disso, é altamente recomendado verificar itens como:

  • a sirene e a luz de ré;
  • os 5 m de distância mínima entre operadores e pedestres;
  • condição dos pneus;
  • performance dos faróis e setas;
  • acionamento da empilhadeira por meio de um código pessoal do operador;
  • trânsito em baixa velocidade e de ré quando carregada.

4. Use a tecnologia

Softwares para o gerenciamento de armazéns, como o WMS (Warehouse Management System), informatizam e agilizam processos como separação de pedidos, embalagem, carregamento e inventários, melhorando a visibilidade e o controle. Assim, as empresas conhecem com precisão o fluxo de entradas e saídas e têm menos problemas com perdas.

A automação otimiza o ciclo das etapas e potencializa a eficiência dos procedimentos, oferecendo análises em tempo real que contribuem para a redução de erros e desperdícios.

5. Reforce a proteção do ambiente

Em áreas grandes, são muitos os equipamentos e apetrechos que podem bloquear a visão de alguns espaços. Infelizmente, esses pontos sem cobertura visual colaboram para furtos. Para redobrar a segurança do estoque, invista em um sistema de câmeras moderno que supere obstáculos e proporcione 100% de escolta.

Câmeras especializadas na supervisão de áreas amplas e movimentadas são uma boa iniciativa, já que elas se locomovem na horizontal e possuem rotação 360º. Logo, são capazes de acompanhar todos os deslocamentos sem perder nada de vista.

Encontrar e reparar os pontos cegos do armazém faz parte da gestão de riscos em logística. Com a ajuda dessas dicas, você saberá como driblar esse problema e ter uma armazenagem mais produtiva e, acima de tudo, segura!

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