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técnicas de armazenagem e gestão de estoques

Principais técnicas de armazenagem: como trabalhar com estoques?

A armazenagem é a atividade responsável por controlar o fluxo de materiais dentro de uma empresa — que incluem recebimento, estocagem e expedição. Para otimizar essas rotinas, as organizações investem nas chamadas técnicas de armazenagem.

Elas consistem na aplicação de métodos, ferramentas e recursos voltados para melhorar a execução do trabalho e, como consequência, aprimorar os resultados do setor. Elaboramos uma lista para explicar quais são as principais. Confira!

Paletização

A paletização consiste na técnica na qual os itens são empilhados, de forma que seja possível acondicionar vários materiais em apenas um palete — o que também pode ser chamado de unitização.

Depois, eles podem ser agrupados  — formando torres ou pirâmides — ou colocados em estruturas como o porta-palete. O objetivo é otimizar o uso do espaço e permitir que mais itens sejam estocados, sem a necessidade de contar com uma área maior.

Endereçamento de estoque

O processo de endereçamento é simples. Cada corredor é chamado de rua, os espaços recebem uma numeração e as elevações viram andares. O raciocínio é o mesmo usado no endereço de um prédio, por exemplo.

Essa técnica é destinada a trazer mais agilidade no rastreamento dos produtos, já que cada um fica alocado em um endereço. O ideal é que eles sejam identificados por meio de etiquetas ou placas — incluindo o código de barras.

Para que ele seja eficaz e contribua para a realização de um inventário mais preciso, você deve iniciar a atenção já no cadastro dos produtos. Portanto, tenha o cuidado de registrar apenas um código por item e padronizar as descrições.

Além disso, esse endereçamento deve ser constantemente atualizado, para manter no sistema a exata localização de cada item.

FIFO (ou PEPS)

FIFO é a sigla para First In, First Out — ou Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai (PEPS), em português. Como o nome sugere, essa técnica de armazenagem consiste em uma rotina na qual o primeiro produto que entra no estoque deve ser o primeiro a sair.

O método é indicado para itens não perecíveis ou que têm um prazo de validade mais longo — visto que ele não considera o vencimento, mas sim a data da entrada. Entre as vantagens que ele proporciona, estão:

  • coerência na avaliação do estoque, visto que a Receita Federal usa o FIFO para analisar o processo de armazenagem e realizar o cálculo dos devidos tributos;
  • preço de custo dos produtos atualizado — o que ajuda na formação do preço;
  • possibilidade de diminuir os custos com a redução do nível dos estoques.

Armazenamento de produtos químicos

O armazenamento de produtos químicos, por ser uma atividade considerada perigosa, demanda procedimentos especiais. O primeiro de todos é a escolha do local onde eles serão armazenados. É preciso ter preocupação com diversos aspectos, entre eles:

  • locais sem chance de inundações, que sofram altas variações de temperatura ou ventos fortes;
  • os pisos, paredes e estruturas precisam ser resistentes ao fogo e devem ter facilidade de limpeza;
  • o galpão deve ter janelas, teto ventilado e contar com um sistema de combate a incêndio;
  • áreas devidamente sinalizadas, informando os procedimentos que devem ser adotados e os riscos que os produtos apresentam.

Também é importante investir no treinamento dos colaboradores, visando garantir a segurança no manuseio e transporte desses produtos dentro do galpão.

A armazenagem deve ser feita com separação por zonas, evitando que determinados produtos que podem causar reação — e gerar uma explosão, por exemplo — fiquem próximos, o que ajuda a diminuir o risco de entrarem em contato.

Para isso, deve-se conhecer bem as especificações destinadas à alocação de cada classe de produtos perigosos, já que cada uma delas tem suas particularidades. A classificação vai de 1 a 9:

  1. explosivos;
  2. gases;
  3. líquidos inflamáveis;
  4. sólidos inflamáveis;
  5. oxidantes e peróxidos orgânicos;
  6. substâncias tóxicas e infectantes;
  7. material radioativo;
  8. substâncias corrosivas;
  9. substâncias e artigos perigosos diversos.

Além disso, vale destacar a existência de diretrizes voltadas para esse tipo de atividade. Entre elas:

  • NBR 14725-1, produtos químicos — informações sobre segurança, saúde e meio ambiente (terminologia);
  • NBR 14725-2:, produtos químicos — informações sobre segurança, saúde e meio ambiente (sistema de classificação de perigo);
  • NBR 7501, para o transporte de produtos perigosos (terminologia);
  • NBR 14619, para o transporte terrestre de produtos perigosos (incompatibilidade química);
  • Decreto 2657, para a segurança na utilização de produtos químicos no trabalho.

Se a sua empresa lida com o armazenamento de produtos químicos, o ideal é verificar qual é a legislação ou norma vigente que estabelece os critérios para cada um deles.

Software de gestão de estoque

O uso da tecnologia pode trazer diversos benefícios para uma rotina, incluindo a automatização das tarefas, redução de erros e retrabalhos, aumento da produtividade, facilidade na realização de inventários e a possibilidade de gerar relatórios que ajudam na tomada de decisão.

O software específico para a gestão de estoque é o WMS — sigla em inglês para Sistema de Gerenciamento de Armazém. Com ele, você consegue realizar atividades de recebimento, estocagem, picking (ou separação) expedição e inventário.

Entretanto, também existe a possibilidade de investir em um ERP, um sistema de gestão integrada que permite controlar diversas áreas do negócio em apenas uma ferramenta. Cabe destacar, que existem soluções no mercado que contam com o módulo WMS.

Uso de planos metálicos

Planos metálicos nada mais são do que estruturas instaladas no estoque, voltadas para a otimização do espaço no armazém e a verticalização do estoque — o que permite armazenar mais itens. As opções são diversas, mas, entre as principais, podemos citar:

  • porta-palete;
  • cantilever;
  • racks;
  • mezanino;
  • flow rack.

Cada estrutura atende às necessidades e tipos de produtos variados. Contudo, nada impede que uma empresa utilize mais de uma em seu armazém, principalmente se trabalha com itens com características distintas.

As técnicas de armazenagem são uma forma de facilitar e aprimorar as rotinas do armazém, trazendo ganho de tempo, melhor aproveitamento da mão de obra, redução de perdas, entre outros benefícios. Para entender qual delas melhor se aplicam ao seu modelo de negócio, é preciso realizar um diagnóstico e entender a necessidade de melhoria que precisa ser feita.

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