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Internet das Coisas na logística: como investir nessa alternativa?

A tecnologia é uma das principais aliadas dos negócios. Você conhece algum tipo de empreendimento que hoje não tire proveito das inovações? Elas são utilizadas para processar um pagamento, trocar informações, executar tarefas, entre outras coisas.

Uma das mais importantes atualmente é a Internet das Coisas. Geralmente, quando ouvimos esse termo, ligamos logo aos relógios inteligentes, pulseiras que registram fatores fisiológicos para entender melhor a saúde e máscara para melhorar a qualidade do sono.

Mas o que dizer na parte de logística e armazenagem? Será que essa tecnologia pode ser ou já é utilizada? Se sim, de quais formas? Quais os benefícios e riscos? Quer saber mais? Continue a leitura!

O conceito de Internet das Coisas

Antes de verificarmos se a Internet das Coisas é utilizada na logística, precisamos entender o seu conceito. Embora o nome possa soar estranho, a ideia é extremamente simples.

Em termos claros, é uma evolução da tecnologia que permite e tem como principal função fazer a conexão de aparelhos, ferramentas e inúmeros dispositivos à internet. O objetivo é tornar mais prática a execução de tarefas do dia a dia.

Se aplicarmos o conceito ao mundo dos negócios, a sua atividade-fim é contribuir para otimizar e acelerar processos.

O uso na logística e armazenagem

Mesmo sem se dar conta, muitas empresas já fazem uso dessa tecnologia na logística. Essa é uma das áreas na qual a tecnologia tem tido um grande destaque e recebido investimentos consideráveis. Veja alguns exemplos de como ela pode e já é utilizada:

Monitoramento da Frota

Com as atuais tecnologias é possível monitorar os veículos e até mesmo o motorista em tempo real. Essa prática permite identificar se o condutor está seguindo a rota previamente estabelecida, se fez paradas irregulares, se ultrapassou a velocidade permitida, se fez frenagens bruscas e muito mais.

O monitoramento também permite identificar rotas engarrafadas e propor melhores alternativas, além de facilitar o planejamento.

Separação de mercadorias

Na produção também existem algumas tecnologias, como os coletores RFID. Em vez de pedidos em papel e conferências manuais e burocráticas, esse sistema permite que o separador de mercadorias receba o pedido diretamente no equipamento, agilizando o processo.

Outra solução que tem ganhado espaço é o Picking by Voice, semelhante ao processo anterior, mas com a grande vantagem de deixar as mãos do colaborador totalmente livres. O operador escuta o pedido por um fone e ao efetuar a separação, responde, recebendo o endereço do novo item.

Além desses, existe também a separação por luz, ou Pick-by-Light. Essa tecnologia utiliza luzes para indicar ao operador o que deve ser separado, bem com a quantidade.

Embalagem dos produtos

Na armazenagem também existem exemplos de sua aplicabilidade, como no uso de etiquetas RFID nas embalagens. Elas são usadas principalmente para automatizar o processo de armazenagem, separação e conferência de mercadorias.

Após o pedido ser lançado, os produtos são coletados por equipamentos como guinchos, robôs e colocados em esteiras ou diretamente nos paletes. Após a finalização do pedido, o palete passa por um guichê (semelhante ao de um aeroporto) que detecta se há algum erro.

Oportunidades que podem ser geradas

Como vimos até o momento, a Internet das Coisas é realmente uma grande parceira da logística. Mas quais as vantagens e oportunidades que você pode ter ao utilizar essa inovação em sua empresa? Confira abaixo algumas delas.

Redução de custos

Um dos principais ganhos gerados pela Internet das Coisas está na automação. Na prática, significa que você não precisará de diversos colaboradores para executar inúmeras tarefas repetitivas e que não agregam valor.

Assim você pode alocar essas pessoas em atividades mais importantes e que tragam resultados para a organização, seja em termos de custo ou melhoria de processos. Além disso, ela permite ter uma equipe mais enxuta.

O conjunto desses fatores resulta em uma considerável redução de custos para a empresa.

Eliminação de erros humanos

Enquanto nós, humanos, temos algumas limitações naturais como a fadiga, fome e distrações, os sistemas são programados e conseguem manter de forma ininterrupta um alto padrão de qualidade e produtividade.

Como a intervenção humana é mínima, mais voltado para a manutenção e supervisão, a sua operação se torna muito mais segura.

Melhora na acuracidade

Além de aumentar a segurança, a Internet das Coisas também é uma grande aliada para manter a acuracidade do estoque perfeita. Como no exemplo citado, do uso do RFID nas embalagens, o produto é rastreável e os sensores tornam praticamente impossível erros na separação dos pedidos.

Apesar de o custo ser um pouco elevado, atualmente muitos produtos (principalmente os de valor agregado elevado) já utilizam essa tecnologia como smartphones topo de linha, TVs e outros.

O objetivo é eliminar os erros na separação e evitar roubos. Assim, a acuracidade do estoque para esses itens geralmente é 100%.

Otimização de processos

Para aplicar as tecnologias é preciso rever e ajustar os fluxos de trabalho, gerando processos mais simples, objetivos e eficazes. Cada tecnologia demandará alguma mudança específica, logo, não dá para padronizar.

Entre as integrações e otimizações possíveis estão a emissão de notas, realização de pedidos e confirmação de entrega.

Produtividade

Esse é um dos principais indicadores que estimulam o investimento da Internet das Coisas no setor de logística, pois é uma área que conta com uma grande quantidade de trabalho manual, burocrático e de alto custo.

A utilização dessa tecnologia permite otimizar a armazenagem, eliminar o desperdício, aumentar a velocidade da separação, recebimento e expedição, além de reduzir o tempo de inventário.

O resultado é que a produtividade traz o retorno para o investimento em poucos anos, dependendo da tecnologia utilizada e do volume.

Principais riscos envolvidos

Como toda inovação ou mudança, sempre existem riscos. O primeiro fator é avaliar a real necessidade do investimento. Apesar de trazer diversos benefícios, é preciso analisar se o volume que a empresa possui é compensatório.

Também é preciso avaliar se a empresa está dando um “passo maior do que a perna”. Ou seja, se tem capacidade financeira para arcar com o investimento. É preciso avaliar a saúde financeira da empresa e o prazo de retorno (ROI).

Outro risco preponderante é se a empresa está preparada para esse novo passo. Uma tecnologia como essa envolve mudança de cultura e processos e impacta em toda a organização. Se a empresa não se preparar, todo o esforço pode gerar um efeito contrário e, em vez de tornar a empresa mais competitiva, pode levá-la ao declínio.

Agora você já sabe o que é a Internet das Coisas e as diversas formas que ela tem sido aplicada na logística e armazenagem. Algumas delas você provavelmente já conhecia e outras podem ter sido novidades.

A sua empresa já aplica ou pretende aplicar a Internet das Coisas em sua operação logística? Deixe sua opinião logo abaixo nos comentários!

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