Gestão de armazém: como evitar acidentes na logística?

A segurança operacional é um dos pilares da gestão de armazém. Em ambientes que concentram movimentação intensa de cargas, equipamentos de elevação e circulação de pessoas, a prevenção de acidentes assume um papel estratégico. Além de proteger colaboradores, práticas bem estruturadas garantem conformidade normativa, continuidade das operações e eficiência logística.

No contexto da armazenagem industrial, adotar processos preventivos e investir em engenharia de segurança reduz custos, aumenta a produtividade e fortalece a confiabilidade da operação.

Mapeamento dos locais de risco

O primeiro passo para uma gestão de armazém segura é identificar as áreas críticas. O mapa de risco classifica visualmente os espaços que oferecem maior exposição, permitindo que equipes compreendam onde estão os principais pontos de atenção.

O SESMT e a CIPA realizam esse mapeamento com base em critérios técnicos. Os profissionais analisam atividades, fluxos operacionais e histórico de incidentes. Em seguida, disponibilizam os mapas em locais visíveis, reforçando a conscientização contínua.

Essa prática orienta ajustes estruturais, revisões de processos e definição de prioridades em treinamentos e melhorias.

Sinalização adequada no armazém

As normas NR 26 e NBR 7195 orientam o uso de cores e sinalizações que organizam o espaço e alertam sobre riscos operacionais. Uma gestão de armazém eficiente inclui:

• cores para delimitar áreas e identificar equipamentos e tubulações
• placas de aviso e perigo
• sinalizações de emergência e rotas de fuga
• identificação clara de EPIs obrigatórios
• faixas de pedestres em corredores com circulação mista

Ambientes sinalizados facilitam decisões rápidas durante a rotina e em situações de emergência. Além disso, reduzem conflitos operacionais, falhas de percurso e incidentes envolvendo equipamentos industriais.

O papel da CIPA na rotina de segurança

A CIPA exerce função essencial na prevenção de acidentes. Em parceria com o SESMT, a comissão desenvolve ações educativas e acompanha práticas de segurança do trabalho dentro do armazém.

Entre as atividades mais relevantes estão:

• elaboração de materiais educativos
• realização de palestras e treinamentos
• auditorias internas periódicas
• análise de pontos cegos
• investigação das causas de acidentes

Esse trabalho cria uma cultura preventiva e aproxima as equipes das normas de segurança, fortalecendo a disciplina operacional.

Uso correto de EPIs

Os Equipamentos de Proteção Individual são fundamentais para mitigar riscos físicos, mecânicos e ambientais. A gestão de armazém deve avaliar as especificidades de cada atividade para selecionar EPIs adequados, como botas, luvas, óculos, protetores auriculares e capacetes.

Além disso, é importante garantir conforto e qualidade dos equipamentos. Itens ergonomicamente adequados aumentam a adesão dos colaboradores e reduzem a resistência ao uso.

Conscientização sobre o uso dos EPIs

Mesmo com equipamentos disponíveis, é comum observar baixa adesão quando falta orientação. Por isso, campanhas internas, diálogos frequentes e auditorias operacionais reforçam a importância dos EPIs para a integridade física das equipes.

Essa conscientização cria disciplina, reduz comportamentos de risco e complementa outras medidas preventivas. A colaboração dos colaboradores é determinante para que a segurança seja efetiva.

Manutenção preventiva de máquinas e equipamentos

Equipamentos de movimentação, como empilhadeiras e veículos industriais, são essenciais para a logística, mas também representam potenciais pontos de acidente. A manutenção preventiva evita falhas mecânicas, melhora o desempenho e reduz paradas inesperadas.

A empresa deve adotar cronogramas regulares, registrar inspeções e incentivar os operadores a reportar anomalias. Com isso, falhas são tratadas antes de se tornarem riscos, protegendo tanto os operadores quanto os demais colaboradores que circulam no armazém.

Treinamentos periódicos de segurança

Treinamentos são fundamentais para padronizar condutas e atualizar equipes sobre procedimentos internos. Eles devem abordar:

• riscos inerentes às atividades
• uso correto dos EPIs
• normas internas de segurança
• cuidados ao operar máquinas e equipamentos

A CIPA pode conduzir esses treinamentos, mas empresas especializadas também contribuem para uma abordagem mais técnica e atualizada.

Metas e indicadores de redução de acidentes

A gestão de armazém se torna mais eficiente quando decisões são guiadas por dados. Indicadores de incidentes, causas e áreas críticas ajudam a identificar falhas estruturais ou comportamentais. A partir dessas informações, a empresa pode definir metas de redução e implementar planos de ação.

Exemplos de medidas incluem revisão de procedimentos, rodízio de equipes em áreas ruidosas, ajustes em fluxos operacionais e reforço nas auditorias de EPI. Esse acompanhamento constante reduz afastamentos, aumenta a confiabilidade da operação e evita passivos trabalhistas.

A segurança na gestão de armazém é um investimento que gera valor para toda a operação. Quando a empresa adota práticas preventivas, integra equipes e utiliza engenharia para reduzir riscos, ela constrói um ambiente mais eficiente e confiável.

A Longa Industrial reforça seu compromisso com soluções de armazenagem que combinam segurança, performance e qualidade técnica, apoiando empresas que buscam operações logísticas mais seguras e produtivas.